É apenas com ovos, açúcar e farinha que se faz o melhor pão-de-ló do universo
É simples, a história deste pão-de-ló. Assim como parece ser simples a sua confeção (naturalmente, terá uma pitada de segredo pelo meio). O melhor pão-de-ló do universo, atribuição que lhe foi dada por José Miguel Júdice, quando, há cinco anos, o descobriu num restaurante em Leça da Palmeira, Matosinhos, faz-se com calma. Quase com a mesma pacatez que corre na aldeia de Folgoso, no Vale de S. Domingos, Castelo de Paiva, na margem esquerda do rio Douro.
António Oliveira e a mulher, Eulália, ambos com 43 anos, entram na unidade de produção (à porta de casa) às seis da manhã. Nesta época do ano, “saem uns 250 bolos por dia”.
Na banca, alinham-se 24 batedeiras (cada uma destinada à confeção de um pão-de-ló) que, durante dez minutos, batem as gemas e as claras pasteurizadas, açúcar e farinha (ou chocolate em pó, no caso da variação de chocolate). “Todas as medidas têm que estar certas”, diz António, o criador da receita.
“Têm que levar a quantidade certa de açúcar (250 gramas para cada um). Não pode ser muito doce nem muito amargo, tem que estar no ponto”. Depois, é só pôr os tabuleiros retangulares nos fornos (há 12), numa temperatura média, durante meia hora. O segredo? “É a dedicação”, apressa-se a garantir António.
“Cada vez gostamos mais de fazer pão-de-ló. Há muita gente que gosta dele e sentimo-nos gratos por isso”, realça, com a maior simplicidade do universo (acrescentamos nós).
António Oliveira já se dedicava à confeção do pão-de-ló há uns bons anos (depois de ter aperfeiçoado a receita de um que existia no restaurante da sua irmã, Amélia) quando o advogado e empresário Júdice meteu a colherada no doce. Ficou de tal maneira surpreendido com a iguaria que telefonou a António a propor uma parceria com o grupo Lágrimas Hotels & Emotions.
E assim nasceu o título: o melhor pão-de-ló do universo. E porque não? “Não é melhor do que os outros, mas é diferente pelas suas características”, salienta o pasteleiro, sem pretensiosismos. Fofo, húmido (com as gemas mal cozidas) e retangular serão talvez os três pontos que o distinguem dos restantes. Mas gostos não se discutem, claro.
E António, um dos oito filhos de um mineiro do Pejão, sabe disso. O melhor é meter a colherada, e comprovar por si mesmo.
Casa de Pão-de-Ló do Vale de S. Domingos > Folgoso, Raiva, Castelo de Paiva > T. 255 766 060
Infante Sagres Palace > Pç. D. Filipa de Lencastre, 62, Porto > T. 22 33 98 500
Quinta das Lágrimas > R. António Augusto Gonçalves, Coimbra > T. 239 802 380
Hotel da Estrela, R. Saraiva de Carvalho, 35, Lisboa > T. 21 19 00 100
Fonte : http://visao.sapo.pt
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