Há melhor local para provar as queijadas e os travesseiros de Sintra do que a pastelaria onde eles foram inventados? A história da Casa Piriquita.
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É um dos locais emblemáticos da gastronomia não só nacional, mas igualmente do país. Inclusivamente foi por indicação monárquica que os primeiros produtos começaram a ser confecionados. A Casa Piriquita é conhecida principalmente pelos seus travesseiros, mas as queijadas são também uma imagem de marca e qualidade.
Ao contrário do que muita gente poderá pensar, não existe apenas um local, mas sim duas lojas abertas ao público, que curiosamente distam escassos metros, já que inclusivamente se encontram na mesma rua. Contudo, deve destacar-se que um dos locais é precisamente aquele onde iniciou a sua atividade.
Assim, deve dizer-se que foi fundada em 1862, tendo começado por ser por ser uma padaria. O padeiro responsável, Amaro dos Santos de seu nome, e sua mulher, Constância Gomes, foram os responsáveis pela extraordinária iguaria.
O nome Piriquita vem do rei D. Carlos I, que diga-se muito apreciava esta casa, pela baixa estatura que caraterizava a Sr.ª Constância Gomes.
E dado o gosto do rei, Piriquita terá começado por confecionar as queijadas, já que o monarca, que gostava de passar férias em Cascais e Sintra, selecionou esta casa para comprar pão. Corre a história que um dia o próprio rei se deslocou à padaria com a receita dos doces de que tanto gostava: as queijadas.
Tal incursão levou Constância a confecioná-las. Rapidamente a receita se tornou um sucesso, e a padaria transformou-se numa pastelaria.
No entanto, e apesar do rei ser um cliente muito especial, as visões políticas de ambos eram distintas uma vez que o bisavô de Piriquita era republicano convicto. Inclusivamente quando foi construída a Piriquita 2 (conforme já se referiu existem duas Piriquitas a curta distância), descobriu-se na cave daquele espaço todo o armamento que o bisavô escondeu. Pensa-se até que este foi um espaço para encontros revolucionários e tertúlias.
Quanto ao mais emblemático dos produtos da casa, o travesseiro, o mesmo só começou a ser confecionado anos depois das queijadas. Foi após a segunda Guerra Mundial, altura em que a família sentiu a necessidade de crescer e criar novos produtos para chamar a atenção dos seus clientes. Uma das curiosidades neste doce é a existência de um ingrediente secreto, que nem os funcionários que ali trabalham sabem qual é.
Portanto, e para quem quiser experienciar as queijadas, ou os travesseiros, uma ida a Sintra é obrigatória. Deve dizer-se que já se realizaram algumas experiências que levaram os travesseiros para outros lugares, mas que, por uma razão ou por outra, não resultaram.
Assim, fica a sugestão, para quem nunca provou, que faça uma incursão até Sintra e experimente visitar ou revisitar um dos vários locais sugeridos, de entre palácios, castelos, museus ou quintas.
A acompanhar a visita escolha uma queijada ou um travesseiro… sendo que existem sugestões sobre qual o doce a degustar, tendo em conta o local que se visite. Mas, não vamos tão longe! Até porque conforme o fizeram monarcas e o continuam a fazer muitos políticos da nossa praça, em campanhas eleitorais, provar qualquer das propostas é aliciante.
Fonte : https://www.vortexmag.net
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